Ocorreu no passado dia 19 de agosto, a sessão de trabalho da RELOP com um foco sobre o tema “Tecnologias Inovadoras na Produção de Biocombustíveis”
O Grupo de Trabalho de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (GT-PGB), realizou no dia 19 de Agosto de 2025, uma sessão técnica dedicada ao tema “Tecnologias Inovadoras na Produção de Biocombustíveis”, inserida no contexto da transição energética e da promoção da economia circular.
O evento contou com a participação de especialistas da Universidade de Aveiro, que apresentaram avanços científicos e tecnológicos na conversão de biomassa e valorização de resíduos orgânicos. Durante a sessão, o Prof. Dr. Luís Tarelho destacou os desafios dos processos termoquímicos, como a gaseificação e a pirólise, apontando a heterogeneidade da biomassa, o baixo poder calorífico e a presença de cinzas alcalinas como obstáculos técnicos. Explicou que a gaseificação permite a produção de gás pobre limpo, com potencial para geração elétrica em zonas rurais, enquanto a pirólise gera biochar e bio-óleo com aplicações industriais e agrícolas.
Já o Prof. Dr. Flávio Silva abordou soluções biotecnológicas para o aproveitamento de resíduos orgânicos, alinhadas com os princípios da economia circular: eliminação de resíduos, maximização do valor dos materiais e regeneração dos sistemas naturais. Foram apresentados diversos tipos de biorreatores, com destaque para a digestão anaeróbia, capaz de produzir biogás, bio-hidrogénio e compostos de valor acrescentado. Segundo o professor, 1 m³ de biogás pode gerar até 7,3 kWh de energia térmica.
Durante o debate, foram discutidas as possibilidades de integração da gaseificação em cadeias energéticas locais e os países mais avançados na produção de biogás e bio-hidrogénio. O Brasil foi citado como referência, embora ainda enfrente desafios na purificação eficiente desses gases.
A sessão foi encerrada com agradecimentos aos participantes e oradores, reforçando a importância da cooperação regional e internacional na construção de soluções energéticas sustentáveis e adaptadas às realidades dos países da CPLP.